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O Projeto

7 de Julho de 2015, 9:59 , por Mardel Santos - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Este projeto nasce das demandas do Grupo de Trabalho do IPHAN criado em 2015 constituído por representantes de terreiros tombados (Casa Branca, Afonjá, Gantois, Oxumarê, Bate Folha e Serja Hunde) e os técnicos do próprio órgão. Foi diante desse contexto que a Universidade Federal da Bahia, respondendo ao convite das comunidades tradicionais de terreiro e do IPHAN, trouxe para si a responsabilidade de conceber um plano pedagógico que oportunizasse o aprofundamento das reflexões gestadas no GT acerca da salvaguarda compartilhada do patrimônio cultural. O plano pedagógico tem como eixos de formação as noções de territorialidade, gestão do patrimônio, sustentabilidade e a construção de planos de preservação. 

A particularidade das religiões de matriz africana, em especial, os Terreiros de Candomblé, adicionada à complexidade das suas demandas de proteção e salvaguarda diante da necessidade eminente de gestão do futuro, por si só, justificam o presente projeto.Ao aprofundar coletivamente a reflexão sobre a salvaguarda, esse curso de extensão movimentará os atores sociais envolvidos rumo ao ciclo das políticas públicas, engendrando, assim, o pautar da agenda da salvaguarda compartilhada do patrimônio cultural dos terreiros.

Ampliar o sentido de salvaguarda da memória afro-brasileira no que se refere à tradição oriunda das suas matrizes religiosas, algo que congloba a salvaguarda material dos espaços sagrados, bem como, imaterial (os saberes e tradições que compõe a memória histórica e cultural desse país) é uma obrigação que se impõe a esse Estado que tanto apregoa o discurso do multiculturalismo, dos Direitos Humanos e, sobretudo, da diversidade. Pensar a salvaguarda material e imaterial que circunda as religiões de matriz africana é um exercício de se por em prática os preceitos de Direitos Humanos construídos na contemporaneidade.

Essas são demandas, contempladas pelo Projeto Gestão e Salvaguarda do Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades de Terreiros através dos múdulos apresentados, que cotidianamente mobilizam sacerdotes e sacerdotisas do Candomblé nas suas trajetórias de lideranças comunitárias que dentre outras funções, salvaguardam essas expressões do patrimônio afro-brasileiro.